O Trabalho depois da Revolução das Máquinas
A era dos robôs começou, sendo que provavelmente grande parte dos trabalhos existentes hoje em dia vão ser substituídos por robôs ou por computadores, e estes claramente dispensam sindicatos, férias e folgas ou outro tipo de regalias.
Vamos ver o passado para perceber o impacto da evolução tecnológica na distribuição do trabalho: em 1974 a distribuição do trabalho em Portugal pelas várias atividades económicas era muito uniforme, em 2016 o sector primário recuou para 1/4, o sector secundário reduziu apenas 1/10 e o sector terciário quase triplicou, ou seja hoje em dia grande parte do trabalho encontra-se no sector terciário.
Ano |
Sectores de actividade económica |
|||
Total |
Primário |
Secundário |
Terciário |
|
1974 |
3.694 |
1.290 |
1.246 |
1.159 |
2016 |
4.605 |
318 |
1.128 |
3.158 |
O sector terciário foi o que mais cresceu nas últimas décadas, contudo é este o sector que mais pode ser afetado pela automatização; devido a inovação tecnológica a que temos assistido, grande parte do sector dos serviços pode ser substituído por máquinas.
Eu acredito que este sector vai sofrer uma grande alteração nos próximos anos. O que coloca a grande questão: vamos criar novos empregos para repor os que serão substituídos pela tecnologia com o possível nascimento de um quarto sector altamente especializado, ou vamos todos para o campo cultivar batatas e passamos a ser o maior produtor mundial de batata, ou simplesmente ficamos impávidos a ver o desemprego aumentar, ou ainda podemos simplesmente implementar um Rendimento Básico Incondicional de todos para todos (RBI-TT) e assim permitir a sustentabilidade da distribuição dos rendimentos e potenciar a nossa liberdade como indivíduos, e até potenciar a criação de novos empregos. Se optarmos por um RBI - TT, será possível num futuro próximo escolher a nossa atividade sem qualquer medo ou receio da decisão. Cabe-nos a nós decidir que caminho queremos seguir.
Daniel Luís